2 de jun. de 2013

Ciganismo



O Povo Cigano na Umbanda...

 
 
A história do Povo Cigano tem como marca: preconceitos, perseguições e discriminações pela ideia que se formou através dos tempos de ser um povo inferior, acusados de ladroagem, feitiçaria, preguiçosos entre outros adjetivos.
 
Infelizmente, ainda ocorre um processo de perseguição, inferiorização e preconceito, não só com referencia a natureza do Povo Cigano, como também com a nossa amada Umbanda. Isto acarreta a baixa auto-estima do umbandista por ser a sua religião desqualificada e não reconhecida pelo meio social.
 
O ciganismo permeia o seio das mais elevadas religiões seculares como o Zen-budismo, o Budismo Tibetano, o Judaísmo entre outros estando bem próximo dos valores espirituais e culturais dos indianos.
 
Na umbanda sagrada procuram manter, de maneira singela, a participação dentro dos seus rituais, trazendo os mestres espirituais para que possam harmonizar e equilibrar os rituais umbandisticos através de ricas orientações e com a forte e milenar doação de valores étnicos, formando uma corrente de energia intransmutável. Por conseguinte, trazendo com as entidades ciganas o conhecimento das suas magias e a essência dos elementos da natureza que mantidas no astral, como as caravanas, acampamentos, os clãs, e os axés por  denominados energia zee (energia oriunda do sol) trazendo: harmonia, equilíbrio, discernimento, conhecimento e sabedoria.
 
O Povo Cigano pertencem à uma linha de trabalhadores espirituais que busca seu espaço próprio pela força que demonstram em termos de caridade e serviços a humanidade. Seus préstimos são valiosas contribuições no campo do bem-estar pessoal e social, saúde, equilíbrio físico, mental e espiritual, e tem seu alicerce em entidades conhecidas popularmente com "encantadas".
 
São entidades que há pouco tempo ganharam força dentro dos rituais da Umbanda. Erroneamente no começo eram confundidos com entidades espirituais que vinham na linha dos Exús, tal confusão se dava por algumas ciganas se apresentarem como Cigana das Almas, Cigana do Cruzeiro ou nomes semelhantes a esses utilizados por Exus e Pombas-Gira.
 
Hoje, o culto está mais difundido, se sabe e se conhece mais coisas sobre essas entidades, chegando algumas casas a terem um ou mais dias específicos para o culto aos espíritos ciganos.
 
O Povo Cigano tem amor incondicional à proteção da natureza e encontraram na Umbanda um lugar quase ideal para suas práticas por uma necessidade lógica de trabalho e caridade.
 
Na Umbanda passaram a se identificar com os toques dos atabaques, com os pontos cantados em sua homenagem e com algumas das oferendas que são entregues às outras entidades cultuadas pela Umbanda. Encontraram na Umbanda uma maneira mais rápida de se adaptarem a cultos e é por isso que hoje é onde mais se identificam e se apresentam.
 
São entidades oriundas de um povo muito rico de histórias e lendas, foram na maioria andarilhos que viveram nos séculos XIII, XIV, XV e XVI. Tem na sua origem o trabalho com a natureza, a subsistência através do que plantavam e o desapego as coisas materiais.
 
Dentro da Umbanda seus fundamentos são simples, não possuindo assentamentos ou ferramentas para centralização da força espiritual. São cultuados em geral com imagens bem simples, com taças com vinho ou com água, doces finos e frutas solares.
 
Trabalham também com as energias do Oriente, com cristais, incensos, pedras energéticas, com as cores, com os quatro sagrados elementos da natureza e se utilizam exclusivamente de magia branca natural, como banhos e chás elaborados exclusivamente com ervas.
 
São entidades que devem ser cultuadas na direita, porém quando há necessidade de realizarem qualquer trabalho na esquerda, são elas que se incumbem de comandar as entidades ciganas que trabalham para este fim, por isso, não precisam de assentamentos. Por isso tudo fica evidenciado que são entidades que trabalham exclusivamente para o bem.
 
Santa Sara é a orientadora para o bom andamento das missões espirituais. Não devemos confundir tal fato com sincretismo, pois Santa Sarah é tida como orientadora espiritual e não como patrona ou imagem de algum sincretismo.
 
Ciganos na Umbanda são espíritos desencarnados homens e mulheres que pertenceram ao povo  cigano.
 
É um povo que trabalha para o progresso financeiro e para as causas amorosas além de trabalharem para a cura de doenças espirituais.
 
Os ciganos, dentro da ritualística umbandista, falam a língua "portunhol", alguns, poucos, falam o romanês, língua original dos ciganos.
 
São muito altivos, assertivos no que falam, seguros de si, do que enxergam e acreditam. É um povo de muita fé e credibilidade. De muito domínio e poder. São donos de uma sensualidade natural e nunca barata, envolventes pelo alto nível de carisma e amor ao próximo.
 


 
 
 
 

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